Conhecido como período de consolidação, por não haver dúvidas quanto à autonomia e extensão da literatura moçambicana, contra todas as reticências.
Entre 1975-1982 após a independência assistiu-se sobretudo à divulgação de textos que tinham ficado nas gavetas ou se encontravam dispersos.
O tipo de texto é o de exaltação patriótica, do culto dos heróis da luta de libertação nacional e de temas marcadamente doutrinários, militantes ou empenhados, no tempo da independência.
Como nos outros países neófitos, o Estado detinha o monopólio das publicações e o consequente controle. Diversos autores africanos tiveram suas obras publicadas fora da África
A publicação dos poemas de Raiz de orvalho, de Mia Couto (em 1983) e sobretudo da revista Charrua (a partir de 1984, com oito números), da responsabilidade de uma nova geração de novíssimos (Ungulani Ba Ka Khosa, Hélder Muteia, Pedro Chissano, Juvenal Bucuane e outros), abriu novas perspectivas fora da literatura
1992 - A publicação de Terra sonâmbula de Mia Couto, o seu primeiro romance, coincidente com a abertura política do regime, pode considerar-se provisoriamente o final deste período de pós-independência.
Ser, parecer
Entre o desejo de ser
e o receio de parecer
o tormento da hora cindida
Na desordem do sangue
a aventura de sermos nós
restitui-nos ao ser
que fazemos de conta que somos
Mia Couto
Obrigado foi muito importante ter conhecimento da literatura moçambicana
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